segunda-feira, 30 de maio de 2011

Transporte Coletivo

Depois de discutirmos o “transporte interestelar”, retornemos ao mundo real, ao nosso mundo terrestre. Muito se tem debatido em todas as grandes cidades brasileiras e até de fora do Brasil, sobre a solução para os problemas de trânsito que o crescimento populacional e de veículos em circulação nas vias urbanas vem causando à qualidade de vida de seus habitantes. Algumas alternativas vão sendo tentadas pelos responsáveis por esse setor, às vezes com resultado bastante satisfatório para a maior parte daqueles que precisam se deslocar de um ponto a outro de sua cidade. Porém, nem sempre isso acontece em decorrência da cultura bastante arraigada na sociedade de que o veículo de uso individual, além de simbolizar certo status, seria mais importante que todos os demais.
Esse nosso tema de agora.

Deslocamento
  seguro, rápido e confortável é tudo o que se espera quando o transporte coletivo é a principal alternativa que tem o cidadão de qualquer idade para atingir o local a que se destina, por razões as mais diversas. Creio ter sido esse o pensamento do primeiro ser humano que já não agüentava mais arrastar de maneira tão penosa o pouco que de repente começou a juntar como coisas indispensáveis para sua sobrevivência e daqueles que dele dependiam.

Antes de ser nômade ficar em um só lugar não exigia maiores esforços.

Ao se deslocar com suas tralhas o homem começa a imaginar como carregá-las.

O desenvolvimento de um modo para aliviar o sacrifício individual ou coletivo, começa a surgir no momento em que alguém, por alguma razão, teve a idéia de colocar troncos sob aquilo que desejava deslocar de um lugar para outro. Observando que o formato desses troncos facilitava bastante o arrastar até de grandes animais abatidos, pode ter nascido entre os primeiros homens a idéia que culminaria com a mais importante invenção da história do gênero humano no planeta, a criação da roda. Teoriza-se que os enormes blocos de pedra que formam as pirâmides egípcias teriam sido deslocados com o uso semelhante de troncos rolando por sobre rampas. Segundo estudiosos do assunto, a primeira roda teria sido criada por povos da antiga Mesopotâmia a cerca de 5.500 anos. Reduzindo, ou até eliminando a fricção dos objetos deslocados, a roda a partir daí passa por uma rápida evolução de materiais em sua fabricação até os dias atuais. Tornou-se ainda o princípio básico de inúmeros dispositivos mecânicos conhecidos, aprimorados a ponto de ser utilizada até na conquista pelo homem, do espaço e corpos celestes.

Troncos roliços aliviam o peso das cargas.

Da pré-história às pirâmides o mesmo sistema de deslocar grandes volumes.

Em museu uma réplica do sistema de rolagem.

Finalmente o maior invento do homem surge
e dá início ao desenvolvimento e progresso da raça humana.

Desde a Idade Média a humanidade se desloca utilizando veículos sobre rodas e de tração animal, mas não pretendemos voltar muito além no tempo analisando os usos e formas de desenvolvimento dessa invenção. Inevitavelmente, tendo dominado a tecnologia da roda, o homem busca uma forma de deslocamento individual. Teria sido do genial Leonardo Da Vinci, por volta do ano de 1490, o primeiro projeto completo para a construção da primeira bicicleta de que se tem notícia, uma verdadeira traquitana feita em madeira apoiada sobre duas rodas da qual originaria o quase brinquedo infantil denominado de “celerífero”.

Projeto de Leonardo Da Vinci no qual até a correia articulada é detalhada.

Protótipo baseado no projeto do gênial Da Vinci.

Em 1790 DeSivrac inventa o celerífero, uma "sela" sobre duas rodas fixas.

No entanto, a primeira bicicleta “dirigível” seria produzida em meados do século XIX na Europa, quando o alemão e barão Karl Von Drais em 1817 adaptou em um desses celeríferos um sistema de direção, que evoluiu para os guidons atuais. A adaptação permitia que o condutor fizesse movimentos laterais e curvas, com isso conseguindo manter naturalmente o equilíbrio ao se deslocar. Torna-se imediatamente a “draisiana”  um popular meio de transporte individual, assim como suas variações seguintes, algumas curiosas e outras mais modernas.

A draisiana com a adaptação de um primitivo "guidon".

Uma das primeiras bicicletas que circulou em Londres.

Outro modelo que exigia mais coragem que quilibrio do ciclista.

Quando D. João VI trazendo consigo a família real portuguesa desembarcou na Bahia em janeiro de 1808, talvez não tivesse a menor idéia do quanto mudaria para sempre a vida da principal colônia de Portugal e, dentre outras, uma dessas mudanças se dá justamente na forma como as pessoas passaram a se deslocar pelas ruas do Reino. Entre uma infinidade de objetos de uso pessoal a Família Real trouxe também os veículos que estavam habituados a usar na corte européia. Carruagens, liteiras ou as “cadeirinhas de arruar”, carregadas por robustos escravos, começam a ser vistas pelas ruas e acabam por se  tornar comuns, sendo usadas de acordo com as posses de cada indivíduo. Os mais abastados como ainda acontece hoje em dia em se tratando de automóveis, procuravam adquirir os modelos mais luxuosos, sendo que alguns desses veículos eram ornados com janelas acortinadas e entalhes dourados.

Na gravura de Chamberlain os novos hábitos na corte brasileira.

Rara foto da Sinhá em sua "cadeirinha de arruar" carregada por seus escravos.

A era industrial, a par do desenvolvimento de motores capazes de substituir os animais no arrasto de carroças, dá lugar ao aparecimento dos primeiros veículos motorizados cada vez mais potentes e resistentes. Segundo nossos historiadores a era automobilística nasce no Brasil com a chegada em 1891 do primeiro carro importado da França por Santos Dumont. Outros veículos passaram a ser importados e somente em 1920 a empresa Ford instalaria no Brasil a primeira fábrica a ter uma linha de montagem de seus veículos e assim o modelo T, também conhecido como “Ford bigode” passa a ser o primeiro automóvel produzido em território brasileiro, embora um modelo semelhante já estivesse sendo produzido nos Estados Unidos desde 1908. Finalmente em 1956 o Romiseta, primeiro automóvel produzido no Brasil começa a ganhar as ruas. Embora haja certa controvérsia quanto a ser considerado ou não um automóvel por possuir apenas uma porta, esse pequeno e simpático veículo, que já circulava na Itália e outros países europeus, dá início à nossa indústria automobilística.

O famoso Pegeut de Santos Dumont.

O belo Ford 1920 modelo T, mais conhecido como "Ford Bigode".

A simpática "baratinha" Romiseta.

No caso da criação de veículos para uso coletivos, temos notícia de que o primeiro ônibus foi construído em 1895 por Karl Benz, cuja fabricação daria início às instalações de linhas regulares desse tipo de transportes nas principais metrópoles do séc. XIX, embora muito antes já se fizesse o transporte coletivo com o uso de carruagens adaptadas, talvez por essa razão, os primeiros veículos para transportes de passageiros tivessem em seu aspecto alguma semelhança com elas. Antes porém, com o desenvolvimento das estradas de ferro, veículos que corriam sobre trilhos e eram movimentados por uma parelha de cavalos surgiram como uma opção para se transportar grande número de pessoas nos centros urbanos mais importantes; eram os primeiros bondes movidos a tração animal.

Com evidente semelhança à uma carruagem,
o primeiro ônibus motorizado passa a rodar em 1895.

Ainda em 1895 na Austrália os "horse draw omnibus" circulavam lotados.

Em Londres aos poucos se modernizavam.

Os primeiros veículos que rodam sobre trilhos e são puxados por cavalos.

Progressivamente os ônibus foram sendo adaptados ao desenvolvimento da tecnologia mecânica e às necessidades do crescimento das cidades. Desde o primeiro ônibus de Londres, puxado por cavalos em 1829, até o primeiro de dois andares em 1847, houve uma infinidade de maneiras de se transportar coletivamente as pessoas em trechos e itinerários definidos, de acordo com as necessidades de cada população. Algumas vezes certas circunstâncias exigiram que adaptações de aparência estética bastante estranhas, como no caso dos “camellos cubanos”, os cariocas “papa-filas”, ou os “school-bus-tricycle” da Índia, foram utilizadas. Mesmo assim o veículo para transporte coletivo se tornou cada dia mais imprescindível ao deslocamento das pessoas nos tempos modernos.

Um dos primeiros ônibus de dois pisos em 1847.

O "papa-filas" carioca, uma tentativa de atender a demanda crescente de usuários.

O nacionalista "camello cubano", uma alternativa para o isolamento político da ilha.

Uma insegura e estranha forma de transporte escolar
que reflete as condiçoes de vida na Índia.

  O crescimento e expansão urbana das cidades passou a exigir que as viagens de ônibus se tornassem, além de confortáveis e seguras, cada vez mais rápidas. A busca de soluções para retirar do fluxo diário e contínuo de veículos individuais os de uso coletivo, vem se tornando o principal motivo de estudos dos gestores e técnicos de trânsito das grandes metrópoles em todo o mundo. O conflito entre os dois modos circulantes se reflete no comportamento dos indivíduos envolvidos e por conseqüência na deterioração da qualidade de vida da coletividade. Outros sistemas vão sendo implantados, como os trens metropolitanos de superfície ou subterrâneos, veículos leves e de velocidade baixa circulando como os antigos bondes sobre trilhos, são algumas das soluções utilizadas para minimizar tal situação. Porém o elevado custo de implantação de tais sistemas nem sempre está ao alcance de todos os interessados, sendo que ao final de cada percurso dessas linhas fixas há sempre que se recorrer ao ônibus convencional como complemento.

Alguns dos primeiros modelos ingleses contemporâneos de transporte coletivo.

O sistema VLT - Veículo leve sobre trilhos, um grande bonde cuja estrutura fixa
limita sua capacidade de atuação.

Metrô, sistema cuja eficiência depende das condições de terreno e metas de cada projeto.

No Metrô de Tóquio, um dos mais modernos do mundo, em horário de pico a demanda
crescente gera situações como a da imagem acima. De luvas brancas
agentes públicos "ajudam" as pessoas a embarcar nos vagões.

Exemplo de obra interminável para implantação de metrô, cuja falta de planejamento
causa enorme transtornos à população da cidade onde está sendo executada.

Atualmente se difunde como uma forma mais rápida e de baixo custo, em relação aos sistemas anteriormente mencionados, a utilização de coletivos rodando em articulações formadas por vias exclusivas para eles. Batizados "tecnicamente" como BRT-Bus Rapid Transport, esse sistema foi idealizado e inicialmente colocado em funcionamento em Curitiba, em 1974. Desde então vem sendo aprimorado, ampliado e adaptado constantemente de acordo com a demanda de cada articulação, além de estar sendo implantado nas capitais de outros países a exemplo da Colômbia e México. Atualmente na capital paranaense, são quatro essas articulações nas quais são utilizados veículos biarticulados, cuja capacidade de lotação chega a 230 passageiros. Esse sistema proporciona tudo aquilo que se deseja no deslocamento por ônibus, ou o tripé conforto + rapidez + segurança. Complementa o sistema curitibano, o embarque ao nível do ônibus e a possibilidade de integração com linhas variadas em amplas estações de transbordo instaladas ao longo de cada articulação.

Ônibus de linha expressa com veículos biarticulado em Curitiba iniciando viagem
do centro para o bairro de destino.

Embarque ao nível do veículo em uma das estações de integração, agilidade e rapidez.

Em estações tubo intermediárias a atenção com os cadeirantes...

...é a mesma para quem circula com carrinhos de bebês.

Na canaleta exclusiva para biarticulado as paradas são feitas em estações tubo.

Essas estações têm instalações que atendem às necessidades da população usuária,
com conforto e segurança.

Circulando em canaletas exclusivas as viagens são seguras, rápidas
e principalmente confortáveis, servindo da mesma forma a diversos bairros.

Estações de integração dos expressos com os convencionais e alimentadores
de cada região, estão em bairros populosos da cidade.

As canaletas para os biarticulados cruzam a cidade sem causar transtorno
para o tráfego dos demais veículos.

O sistema baseado em cores fixas facilita a identificação de cada tipo de transporte
que o usuário deve utilizar. No quadro a capacidade de transporte de cada um.

Recentemente, comprovando que o sistema de transporte baseado em canaletas exclusivas é dinâmico no que se refere às suas melhorias, uma ampliação em uma das articulações foi preparada para o recebimento de mais uma inovação. Começou a circular na mesma canaleta e percurso utilizado pelo sistema expresso biarticulado, que terá como paradas apenas as estações de integração do percurso, fazendo desse modo a mesma viagem em tempo significativamente reduzido. Sua capacidade para transportar 280 passageiros pode parecer insignificante comparado ao que já funciona, mas a limitação de paradas torna mais eficaz o transporte daqueles que pretendem apenas fazer a viagem de ponto a ponto extremo do percurso. Tal módulo denominado de “ligeirão” passou a utilizar um veículo biarticulado considerado no momento o maior ônibus para transporte urbano de passageiros de que se tem notícia no mundo. O sistema de transporte coletivo curitibano se caracteriza pelo uso de cores diferenciadas para cada tipo. Esse último é identificado pela cor azul e tem o motor alimentado por biocombustível, que o torna minimamente poluidor do meio ambiente em que circula.


O antigo sistema "Linha Direta" popular "ligeirinho" já tem veículos articulados
com capacidade para até 160 passageiros. 

O novo biarticulado azul, circula nas mesmas canaletas exclusivas do expresso,
com maior capacidade e rapidez no transporte de passageiros.

Apesar de sua grande dimensão o "Ligeirão" circula com facilidade
por ruas que fazem parte complementar do sistema de canaletas especiais.

Provavelmente não será essa a derradeira evolução desse sistema em Curitiba, mas inegavelmente vem comprovar que tal solução é a mais prática para ser implantada em qualquer das grandes cidades brasileiras. Aquelas menos populosas, podem se exemplificar na Curitiba dos anos 70 cuja população era de 700 mil habitantes, aproximadamente, e desde já irem se preparando para seus crescimentos, caso contrário poderão acabar como acontece em alguns lugares do mundo.

No centro de Chicago o elevado do metrô passa ao lado das janelas de escritórios
e residencias, como acontece com o Minhocão paulista.

Em algum lugar do mundo oriental este é o terrível quadro da falta total
de uma política de transporte para suas populações.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

UFOS, OVNIS e...-parte 2

Enquanto em todos os relatos anteriores e inúmeros outros, se discute a possibilidade de que esses objetos voadores sejam tripulados e conduzidos por seres inteligentes de mundos que desconhecemos, há alguns pontos que nos remetem a uma questão elementar; Porque civilizações tecnologicamente tão avançadas, suficientemente hábeis para construir aparelhos fantásticos que têm a capacidade de percorrer distâncias siderais inimagináveis enviariam seus exploradores até nós, sem se revelar?

Eles realmente existem ?

São inúmeras as formas de responder tal questão que vão desde a mais delirante até a mais absurda. Muitos são aqueles que juram haver entrado em contato com extraterrestres. Alguns chegam até a descrever com riqueza de detalhes, forma, modo de vestir, som da voz emitido telepaticamente, etc. etc.. É atribuída a esses seres, por exemplo, a intenção de nos prevenir da forma perigosa como estamos cuidando de nosso mundo, como se fossem guardiães do Universo, ou então que estão apenas nos observando como estudiosos de nossa “primitiva espécie”. Ocasionalmente “capturam um de nossos exemplares humanos”, para melhor entender nossa natureza, tal qual biólogos interplanetários. Desconsideremos a parcela daqueles que entendem que tais “visitantes” têm origem quase divina, enviados por uma entidade superior com a missão de salvar alguns de nós, de um fim trágico inevitável que nos está reservado por nos comportarmos tão mal uns com os outros e com a mãe Terra.

Ashtar Sheran quase uma divindade extraterrestre.

Momento de sequestro ou abdução.

A possível visão de quem está sendo "examinado".

Imaginando que seres tão avançados estariam interessados em nos conhecer de perto, não seria mais inteligente se, de uma vez por todas, se revelassem aos habitantes do lugar de seus interesses, no caso, a nós simples terráqueos? Mas, o que se noticia são apenas aparições fugazes sem que se possa ao menos registrá-las de forma concreta, legível e compreensível. Imaginando também que para essas missões a escolha dos indivíduos para levá-las a efeito teria que considerar fatores de risco desconhecidos, qual inteligência ousaria sacrificar seus mais brilhantes cientistas, ou militares nessas empreitadas? Com certeza nenhuma autoridade ousaria arcar com tamanha responsabilidade.

Imagem do que seria um dos  ETs abatido em Roswell.

Mais dramática um perfeito trabalho de maquiagem?

Sabemos que antes de colocar um homem fora da zona atmosférica de nosso planeta com total segurança, foram feitas experiências que infelizmente vitimaram alguns pobres animais de laboratório. A cadelinha Laika em novembro de 1957, foi o primeiro ser vivo a ser colocado em órbita ao redor da Terra pelos russos, além das macacas Baker e Abel, duas fêmeas lançadas em maio de 1959 pelos americanos sendo que essas últimas retornaram em segurança ao solo terrestre, o que não aconteceu com Laika. Caberia aqui mais uma questão: porque apenas fêmeas desses animais foram preferencialmente escolhidas? A resposta talvez seja a de testar com segurança se tal experiência não afetaria a capacidade delas de gerar filhotes normais e saudáveis após estar por algum tempo sem a influência da força gravitacional terrestre.

Laika na cápsula em que iria fazer uma viagem sem retorno.

"Miss Baker", sendo preparada para lançamento.

As macaquinhas Baker e Abel, depois de rápida viagem ao espaço
retornaram sãs e salvas.

Posteriormente a esses feitos, outras experiências foram realizadas até que nossos cientistas consideraram que poderiam colocar um ser humano em órbita com segurança e foram os russos os primeiros a fazer isso. Em 12 de abril de 1961 sobe ao espaço, apertado em uma pequena cápsula atrelada ao foguete russo Vostok I, o jovem militar de 27 anos Yuri Gagarin que maravilhado com o privilégio de ser o primeiro terráqueo a avistar nosso mundo desde o espaço, conseguiu dizer a célebre frase “A Terra é azul”. Foi apenas uma única volta completa ao redor da Terra, mas o feito inédito comprovaria a possibilidade do homem transpor os limites de nossa atmosfera e retornar em segurança. Embora tenha sido uma rápida missão ao redor de nosso planeta, em nenhum momento Gagarin mencionou qualquer outra coisa que tenha visto, além do “Planeta Azul” e da profunda negritude do Universo ao seu redor.

A manchete que mudaria a história da conquista espacial.
No canto inferior direito a frase do cientista Von Braun:
Para chegar na frente, USA têm de correr como o inferno”

Yuri Gagarin o primeiro ser humano a ver a Terra desde o espaço.

A declaração de Wernher Von Braun, cientista alemão, foi o responsável pelo aperfeiçoamento da propulsão a jato utilizada nas bombas V-2 na Alemanha durante a Segunda Grande Guerra. Com derrota nazista, para evitar ser levado para a Rússia, entregou-se voluntariamente aos americanos juntamente com seus principais auxiliares em maio de 1945. Naturalizando-se cidadão americano, passou a integrar o seleto grupo de cientistas da NASA dirigindo os programas de vôos tripulados que após o sucesso russo de lançamento de Yuri Gagarin, daria início à corrida entre americanos e russos para se colocar na Lua os primeiros seres humanos. Mesmo assim, algumas missões foram abortadas por apresentar risco à integridade física desses astronautas.

Von Braun e equipe ao se entregarem aos americanos.


O cientista em seu gabinete da NASA.

Em 21 de julho de 1969 finalmente cientistas americanos conseguiram fazer chegar até a Lua três astronautas e colocar dois deles na superfície de nosso satélite. O primeiro a descer do módulo utilizado para isso foi Neil Armstrong, comandante da missão Apollo 11. Em seguida descia o piloto Edwin Aldrin, enquanto Michael Collins permanecia em órbita no módulo lunar, a nave principal que os recolheria e traria de volta à Terra. Armstrong em sua emoção ao se tornar o primeiro ser humano a pisar o solo lunar diria a frase que se transformaria em um verdadeiro slogan dessa missão “É um pequeno passo para um homem, mas um gigantesco salto para a humanidade.”
Com o avanço tecnológico finalmente fomos capazes de construir um equipamento que remotamente está explorando uma pequena região de Marte, já que o risco e as condições para enviar uma nave tripulada até aquele planeta ainda não são possíveis de se avaliar.

A cápsula de alunisagem, fotografada desde o múdulo lunar, descendo
na direção da superfície da Lua.

A descida emocionante do primeiro homem na Lua.

Primeira impressão da presença do homem em outro corpo celeste.

Neil Armstrong, o piloto Michael Collins e Edwin Aldrin.

..."E a águia pousou no Mar da Tranquilidade."

Então, considerando sua existência, voltemos aos extraterrestres que por alguma razão estejam explorando outros recantos do Universo. É de se imaginar que para isso tenham desenvolvido tecnologia de propulsão e exploração que seja suficientemente veloz e capaz de vencer distâncias medidas em anos luz, dispensando o acompanhamento de seus cientistas, ou militares, nesse processo. Mais lógica é a utilização de sondas, como a esquisitíssima Spirit que a NASA enviou a Marte em 2003, esterilizadas e passíveis de estar totalmente isentas de impureza do lugar de origem, com muito pouca possibilidade de retorno, porém como aquela, enviando informações sobre o local em que foi colocada. Digamos que também tenham desenvolvido um sistema de captura de amostras, objetos ou até criaturas viventes que estejam ao seu alcance, mas é muito pouco provável que o façam conscientemente, mais ou menos como estamos fazendo no planeta vermelho.

O pequeno Spirit primeiro explorador em solo marciano.


Uma desolada visão da inóspita paisagem de Marte.

Os tais “seres extraterrestres” são descritos por aqueles que juram haver tido contato com os mesmos, de várias maneiras. Ora são pequeninos seres acinzentados, de olhos enormes, braços e cabeças disformes para o tamanho do corpo, ou então verdinhos e pequeninos como os clássicos “habitantes de Marte”, ou ainda como reluzentes e belas figuras que mais se assemelham a divindades ou anjos celestiais. Muito se tem feito em filmes de ficção com essas imagens, desde simpáticos e cativantes seres, como o homúnculo de “ET o Extraterrestre”, cuja divertida frase “ET. Phone Home” nos remete a um ser de outro planeta perdido no nosso, aos pequeninos e silenciosos seres que saem de uma fantástica nave musical no filme “Contatos Imediatos de 3º Grau”, para recepcionar supostos escolhidos a lhes acompanhar em sua jornada pelo Universo. Há ainda, tal qual acontece em “Cocoon”, seres luminosos que se disfarçam de humanos para uma livre incursão em nosso planeta.

"ET phone home!" a frase do pequeno ser que possuía a cura na ponta dos dedos.

Silenciosos e pequeninos recepcionistas saem da nave para acompanhar
alguns "convidados" para uma viagem interplanetária.

Etéreos e quase angelicais os seres de "Cocoon".

Como sabemos muito bem, a imaginação humana não tem limites quando se trata de buscar explicação para o inexplicável. Percebe-se que este é um assunto aparentemente inesgotável, além de sujeito às mais diversas interpretações e conclusões. Responder à questão se extraterrestres existem ou não, deve ficar por conta de cada um, mas particularmente posso afirmar que, apesar dos cálculos da imensa quantidade de planetas existentes apenas em nossa galáxia, capazes de abrigar formas de vida inteligente, talvez com alguma semelhança à nossa, coloco-me ao lado daqueles que hesitam em acreditar nisso. Espero não estar parecendo incoerente ao dizer isso, principalmente depois de haver publicado aqueles relatos e tantas imagens capturadas – quase disse “abduzidas” – desde diversos sites na internet.

Com agradáveis formas tão semelhantes à nossa...

...ou de aparência bastante estranha...

...verdes, marrons ou descoloridos, os extraterrestres ainda irão povoar
por muito tempo o imaginário dos seres humanos.

Uma curiosa mensagem gravada em ouro está vagando pelo espaço,
esperança de que seja encontrada por seres inteligentes que consigam decifrá-la.

Em verdade creio até que a esperança de se encontrar mais alguém nessas “tantas moradas”, infinito afora, se torna importante quando o esforço resulta em benefícios tecnológicos para o próprio habitante de nosso Planeta, com o desenvolvimento de subprodutos necessários a essa empreitada. Novas ligas metálicas, componentes eletrônicos de comunicação, materiais plásticos diversos, relógios e aparelhos digitais, microcomputadores com capacidade de trabalho nunca imaginada, equipamentos que possibilitam acompanhar o funcionamento de órgãos do corpo humano a milhares de quilômetros de distância e muito mais. Tudo isso é subproduto das pesquisas espaciais que, quase sem percebermos, fazem parte de nosso cotidiano, sem contar que alguns se tornam rapidamente obsoletos e logo substituídos por outros mais avançados.

A cada missão espacial são desenvolvidos novos e mais perfeitos equipamentos,
muitos deles já estão sendo utilizados por todos nós.

A placa de circuito integrado com microcondutores já faz parte de nosso dia-a-dia
em diversos obljetos de uso comum.

Alguns de nossos computadores domésticos atuais são mais eficientes
e poderosos que aqueles utilizados para colocar um homem na Lua.

Confesso que houve uma época em que acreditava em discos voadores, seres extraterrestres e algo mais, porém o sonhador deu lugar ao racional e, convenhamos, é realmente difícil admitir conscientemente tal possibilidade, principalmente quando se observa em imagens que temos visto nos dias atuais, a vastidão fria e inóspita do Universo.

Huble o telescópio que tem nos enviado imagens perfeitas e às vezes intrigantes
dos confins do Universo; um imenso vazio de corpos brilhantes.

Entre nuvens de poeira cósmica, galáxias e estrelas brilhantes
a esperança de não estar só nessa imensidão, alimenta o imaginário da humanidade.